A decisão do governo argentino de liberar a exportação de até 30 mil toneladas/dia de milho deve aliviar a pressão pela escassez do grão no mercado brasileiro, sem a necessidade urgente de busca por fornecedores dos Estados Unidos – alternativa mais citada pelo setor após medida anterior, do governo do presidente Alberto Fernandez, em dezembro do ano passado, que bloqueava a saída do produto do país.
Para o presidente da Abramilho, associação dos produtores, Cesário Ramalho da Silva, a nova medida deve, ainda, induzir agricultores brasileiros a uma melhora da cultura.
“Nesse momento em que nós temos pouco estoque, que nós contávamos para as indústrias, era com o milho do Rio Grande do Sul, e que vai falhar. Então, a partir disso, a Argentina passou a ser muito importante para nós”, disse Cesário Ramalho sobre a liberação de venda do grão por produtores argentinos.
Disse, também, que as dificuldades de abastecimento das indústrias e das granjas brasileiras devem ser positivas para a melhora da cultura. “Nós estamos, sim, com dificuldade. O mercado está muito atrativo; o mercado está muito bom para o produtor e isso vai nos incentivar a aumentar o plantio, dar um trato melhor, melhorar os nossos fertilizantes e trabalhar mais para aumentar a produção”.
Veja a entrevista de Cesário Ramalho à jornalista Berenice Leite, do Canal do Boi.
Foto de capa: Reprodução/Canal do Boi