Inovação: laboratório extrai biocombustível de plantas aquáticas

Pesquisa desenvolvida pelo ISI Biomassa aproveita macrófitas de reservatório de hidrelétrica

05/01/2021 às 11:06 atualizado por Valdecir Cremon - SBA | Siga-nos no Google News
:

O que até agora era um problema, incômodo e até causa de prejuízos, está se transformando em fonte e matéria-prima para a produção de biocombustível. As macrófitas, conhecidas por plantas aquáticas e presentes em grande parte dos rios e dos reservatórios de água de hidrelétricas, estão mudando de problema para solução. 

Pesquisas do ISI Biomassa (Instituto Senai de Inovação em Biomassa), localizado em Três Lagoas (MS), comprovam que as plantas podem ser processadas a altas temperaturas para a produção de bio-óleo, que pode ser usado diretamente como combustível em motores a diesel e alimentar os motores da própria usina.

O resultado das pesquisas, feitas desde 2019 em parceria com a empresa CTG Brasil, que administra usinas de energia instaladas no rio Paraná, na divisa entre Mato Grosso do Sul e São Paulo, foi conferido em reportagem do jornalista José Cunha e do cinegrafista Gadiel Chaparro.

Veja.


Segundo o pesquisador Fernando Alves Ferreira, o trabalho é uma forma inovadora e sustentável, com o objetivo de dar um aproveitamento nobre à biomassa de macrófitas aquáticas retiradas e que eram anteriormente levadas ao aterro sanitário, não tendo nenhuma utilidade. 

“Essa ação promove equilíbrio ambiental no sistema aquático, pois retira parte das biomassas excedente de espécies consideradas invasoras como Egeria najas (rabo-de-gato), Eicchornia crassipes (aguapé), Typha domingensis (taboa), aumentando a riqueza de espécies de macrófitas de espécies com crescimento mais lento”, disse.


Últimas Notícias