Anemia Infecciosa: Enfermidade tem 80% de prevalência no pantanal

Prevalência é de 38% em equídeos da região

29/12/2020 às 16:08 atualizado por Vinicius Souza - SBA | Siga-nos no Google News
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A anemia infecciosa equina pode se manifestar de maneira aguda, crônica ou assintomática, os animais que chegam a forma aguda podem apresentar sintomas severos e inespecíficos como febre, anemia, hemorragias , edemas nos membros e abdome, fraqueza, falta de apetite e se não tratados podem morrer entre duas e três semanas.

 

Pesquisadora da Embrapa Pantanal, Márcia Furlan acompanha o desenvolvimento da doença há muito tempo e explica suas condições. “A anemia é uma doença causada por um vírus e ela só acomete equídeos, não vai acometer boi, cabra, carneiro e nem o ser humano, não é uma zoonose. É causada por um retrovírus e uma vez que o animal se infecta, nunca mais ele se livra, é uma doença que não tem tratamento” afirma.

 

Márica Furlan - Embrapa Pantanal

 

A contaminação pode ocorrer de várias maneiras, por isso é necessário que o pecuarista esteja atento a fatores que possam se tornar focos de transmissão, como o uso de agulhas e tralha de boca, uma vez infectado, o rendimento do animal em serviço apresenta redução. “Nós fizemos o teste de esforço com vários dias, tudo dentro dos parâmetros de pesquisa e observamos que o animal sadio rende 40% mais que o animal infectado, no fim, quem tem animal infectado na fazenda, acaba gastando mais” relata.

 

Dados da Embrapa Pantanal apontam que a doença está presente em cerca de 80% das propriedades pantaneiras, com prevalência de 38% nas tropas da região. “Precisa vontade e organização porque teste e diagnósticos nós temos, é uma doença fácil de controlar, se evitarmos o contato com o sangue contaminado, resolvemos o problema e o cavalo no pantanal merece esse empenho, sem o cavalo não tem boi.” Finaliza.


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