Boletim da Embrapa aponta perspectivas da pecuária para 2021

Pesquisadores analisam mercado, preços, clima e alta de preços

21/12/2020 às 09:41 atualizado por Valdecir Cremon - SBA | Siga-nos no Google News
:

Os pesquisadores Guilherme Cunha Malafaia, Fernando Rodrigues Teixeira Dias e Paulo Henrique Nogueira Biscola assinam o último boletim de 2020, sobre pecuária, da Embrapa Gado de Corte. O documento “Perspectivas para a pecuária brasileira em 2021” traz uma análise do setor neste ano, com destaque para a alta da arroba para perto de R$ 300 e previsão para aumento do consumo na pós-pandemia.

A escassez de chuvas em diversas regiões do país, neste ano, explica a falta de animais para abate e a consequente elevação da arroba, citam os pesquisadores, com a ressalva de que o valor médio ficou em R$ 220.  

Para o ano que vem, a Embrapa prevê melhora das exportações de carne bovina “especialmente pelo aumento da demanda dos países asiáticos” – os maiores compradores de mercado nacional neste ano. Os pesquisadores alertam, contudo, para a dependência de apenas dois compradores - China e Hong Kong – e classificam a situação como “preocupante” junto à sugestão de “busca pela diversificação de mercados” no próximo ano.

“O fim do auxílio emergencial impactará a demanda. Espera-se que uma recuperação da economia, empregos e renda possa contrabalançar essa situação”, diz o documento. Um aumento de consumo dependerá da retomada da economia e a abertura de postos de trabalho.

Embrapa prevê melhora das vendas internas e avalia possibilidades do consumo nacional
Foto: Arquivo/SBA

O boletim também cita alta de preços de bezerros, o que leva à retenção de fêmeas; elevação do preço do milho e de animais de reposição. “Quem produz carne deve ficar atento a uma mudança no mercado mundial de milho em 2021: estima-se que a China comprará 20 milhões de toneladas adicionais, o que aumentaria as exportações brasileiras de milho e encareceria os custos de produção de quem engorda.”

Segundo os pesquisadores, em 2021 as margens devem continuar apertadas em 2021 e faltarão vacas para abate e abastecimento do mercado interno, forçando a busca de bois pelas indústrias e a consequente elevação de preços.

Leia a íntegra do boletim.  


Últimas Notícias