Sojicultores de São Paulo refutam acusações de desmatamento

Presidente da Aprosoja SP destacou interesses de vários países e de grandes grupos econômicos

16/12/2020 às 18:04 atualizado por Valter Puga Jr - São Paulo | Siga-nos no Google News
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Enquanto a Aprosoja Brasil prepara um pronunciamento sobre a ameaça de suspensão de compras de produtos elaborados com matéria-prima vinda de áreas desmatadas no Cerrado e na Amazônia, a Aprosoja São Paulo tem posição clara: “Se há produtores em situação irregular ou fora da Legislação Ambiental Brasileira, isso é caso de polícia, de denúncia no Ministério Público”, disse o presidente Gustavo Chavaglia.

A ameaça é liderada por uma ONG que diz representar 159 empresas internacionais contrárias à compra de soja de áreas desmatadas do Cerrado, região composta por estados como Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, os maiores produtores do grão no país.

Chavaglia tem áreas produzindo em vários estados e conhece a situação dos produtores de soja de diferentes regiões do país e lembra a falta de titulação de áreas da Amazônia e até mesmo problemas em parte do Cerrado, que pertence à chamada Região Amazônica. “Temos o Código Florestal e se há irregularidades é caso de denúncia”. 

O presidente da Aprosoja SP - a mais nova entidade filiada à Aprosoja Brasil - comenta que muitas empresas se envolvem com ONGs para defender posicionamentos pró-defesa do meio ambiente "e com esse alarde, fazem com que todos imaginem o produtor de soja com uma motoserra nas mãos”.

Chavaglia citou "interesses de vários países e de grandes grupos econômicos" que exploram alguma irregularidade no cumprimento da legislação de meio ambiente e as dificuldades de fiscalização no território brasileiro. “Grande parte de nossa produção está bem abaixo da Amazônia, por exemplo, em áreas consolidadas”, comentou.


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