Estados pedem retirada da vacinação contra febre aftosa em novembro de 2021

Reconhecimento do bloco como livre da doença sem vacinação depende do Mapa

15/12/2020 às 16:00 atualizado por Redação - SBA | Siga-nos no Google News
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Vacinação de bovinos
 Foto: Wenderson AraujoTrilux

Representantes dos estados que compõem o bloco 4 do Pnefa (Plano Estratégico do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa) vão pedir ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) o adiamento da retirada da vacinação contra febre aftosa de maio para novembro de 2021. 

A decisão do pedido saiu de uma reunião realizada na segunda-feira (14) por videoconferência. 

A classificação de zona livre de aftosa sem vacinação – condição conquistada por Santa Catarina em 2007, e por Acre, Paraná, Rio Grande do Sul, Rondônia, parte do Amazonas e do Mato Grosso, em 2013, com vacinação – ainda dependerá de avaliação da Organização Mundial da Saúde Animal, conhecida pela sigla OIE, prevista para ocorrer até 2023.

Os estados do bloco são Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Tocantins, Minas Gerais, Bahia, Sergipe, Espírito Santo, São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito Federal. Juntas, as unidades concentram 60% de um rebanho de 130 milhões de cabeças, entre bovinos e bubalinos.

O último caso da doença, no país, ocorreu em 2006, em Mato Grosso do Sul.

O diretor-presidente da Agência Estadual de Vigilância Sanitária (Iagro), Daniel Ingold, afirma que a entidade realiza 42 ações previstas pelo Pnefa para solicitação do fim da obrigatoriedade da vacinação. “Nós temos um plano elaborado em conjunto com o Ministério da Agricultura para que a vacinação seja retirada em novembro de 2021, o que garantirá uma elevação do status sanitário de Mato Grosso do Sul”, disse.

O percentual vacinal de Mato Grosso do Sul foi um dos maiores do Brasil, segundo Ingold, neste ano. “Nós realizamos duas campanhas: em maio, quando tivemos um índice de 99,45% do rebanho vacinado. Nessa segunda fase, em que são vacinados animais de até 24 meses, a perspectiva de vacinação é em torno de 9 milhões de cabeças”, pontua. Até esta terça-feira (15), o Estado registrou 96% de cobertura vacinal contra a aftosa.


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