Aprovado recurso de R$ 180,5 milhões para recuperação da pecuária pantaneira

Linha de financiamento poderá contemplar até 5.821 mil produtores rurais da região

09/12/2020 às 18:14 atualizado por Redação - SBA | Siga-nos no Google News
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Foi aprovada nesta quarta-feira (09), a destinação de R$ 180,5 milhões do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO), em uma linha de financiamento para produtores rurais voltada a recuperação das atividades econômicas no bioma Pantanal.

A medida foi aprovada, por unanimidade, durante a 14° reunião ordinária do Conselho Deliberativo do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Condel/Sudeco). 

Segundo dados da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar de Mato Grosso do Sul (Semagro/ MS), o estado possui 5.821 mil pecuaristas pantaneiros, com uma criação total de 3,2 milhões de cabeças de gado, que poderão ser contemplados pelos recursos do FCO.

As propriedades rurais estão em nove municípios da planície do Pantanal, que foram incluídos no espaço prioritário pela Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR): Aquidauana, Bodoquena, Corumbá, Coxim, Miranda, Sonora, Porto Murtinho, Ladário e Rio Verde de Mato Grosso.

Ao longo de 2020, as atividades na região foram prejudicadas pela estiagem severa e pelas queimadas.

De acordo com informações da Semagro, o trabalho agora será direcionado a assegurar que o Banco do Brasil, principal instituição operadora do FCO no Estado, comece 2021 apta a atender os produtores pantaneiros que desejarem o recurso do Fundo.

Recuperação das atividades
A atividade pecuária foi duramente prejudicada em 2020 no bioma Pantanal, em razão da seca e das queimadas, que consumiram mais de dois milhões de hectares do bioma, segundo dados do PrevFogo. 

“Em função da falta de água e de pasto, os animais necessitam de alimentação, o que demanda recursos do produtor, além da necessidade de outros investimentos, como recomposição de cerca, compra de equipamentos, entre outros”, informa o superintendente de Indústria, Comércio e Serviços da Semagro, Bruno Bastos.

O superintendente explica que nessa linha de financiamento do FCO foi elevado o percentual de limite financiável para investimento. “A instituição financeira pode financiar até 100% do valor total do projeto de investimento de produtores de até médio porte (renda bruta anual até R$ 90 milhões). Para os grandes produtores, o limite é de 80%”, informa.

Foi aprovada também a ampliação de matrizes passiveis de serem retidas (financiadas), de 2000 para 2500 matrizes por beneficiário, englobando: custeio para a suplementação alimentar dos animais; investimentos para a reforma de pastagem, bem como benfeitorias, principalmente a reconstrução de cercas; e abertura emergencial de poços para a dessedentação dos animais.

A Semagro informa que, no caso das áreas atingidas por queimadas, que tiveram as pastagens prejudicadas, o financiamento da retenção de matrizes deverá ser realizado com o investimento para a reforma de pastagens e benfeitorias necessárias. O objetivo será deter áreas de pastagens, com potencial que permita a evolução da atividade.

 

Informações por Semagro/MS/ Foto de capa por José Cunha


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