Cavalo Raça Crioulo utilizado na aula prática
Foto: Douglas Ferreira
No último sábado (21), alunos do curso de medicina veterinária da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), participaram de uma aula prática de exame andrológico em equinos na Calidad Genética. A propriedade está localizada em Anastácio (MS), cerca de 148 km da capital Campo Grande (MS). Para que fosse possível ocorrer a demonstração, todos os protocolos de biossegurança foram adotados, como o distanciamento, utilização de máscara e álcool gel.
Através da aula prática alunos puderam acompanhar de que maneira é feita a coleta. O gerente comercial e zootecnista da Calidad Genética, Wirley Duarte participou destacando as características dos cavalos da Raça Crioulo. A propriedade realiza trabalho de melhoramento genético há 30 anos em MS.
“É importante para Calidad Genética ter essa parceria com UFMS, para que os alunos aprendam como se coleta um animal. Como é a preparação, análise dentro do laboratório em relação viscosidade, motilidade, em a formação do sêmen [cabeça, corpo e calda], para que eles [alunos] possam entender como animal deve sair de uma propriedade e chegar no destino de comercialização e seja utilizado como reprodutor”.
Laboratório montado para atestar fertilidade de equinos
Foto: Douglas Ferreira
De acordo com a Professora Doutora da UFMS e Presidente da Associação Brasileira de Andrologia Animal (ABRAA), Eliane Costa e Silva, o exame é importante para que seja possível atestar tanto ao comprador, como o vendedor a fertilidade do potencial reprodutor [garanhão].
“É importante nas relações comerciais que são estabelecidas, tanto na proteção para quem compra, como para quem vende. Diminui também as crises legais, que podem acontecer no pós-vendas. Eventualmente uma futura perda de fertilidade do animal, não pode ser creditada a quem vendeu. Nós que trabalhamos na andrologia, somos chamados também para perícias. Fazendo exame andrológico prévio, é possível dar a garantia [fertilidade]”.
Cavalos da Raça Crioulo em contato para que fosse possível realizar coleta
Foto: Douglas Ferreira
A professora explica que não há parâmetros matemáticos e sim biológicos para que se obtenha um bom resultado.
“Existem parâmetros que são associados em contextos de ambientes. Esses parâmetros são biológicos. Depende a interpretação do espermograma, interpretação biológica, do contexto ambiental, da alimentação que o animal recebe, do desenvolvimento, da criação que ele teve. Então, não utilizamos muito um padrão fixo, sim uma interpretação biológica”.