Minerva Foods suspende férias coletivas após retomada de exportação para a China

A suspensão foi anunciada nesta quinta-feira dia (13) para 635 funcionários

14/06/2019 às 10:22 atualizado por Juliana Casanatto - SBA | Siga-nos no Google News
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Foto: Divulgação

Após o anúncio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) sobre a retomada das exportações de carne bovina do Brasil para a China, o grupo Minerva Foods suspendeu nesta quinta-feira dia (13) as férias coletivas anunciadas para 635 funcionários da unidade em Barretos (SP).

No início de junho, o governo brasileiro deixou de exportar o produto por causa da confirmação de um caso de encefalopatia espongiforme bovina (EEB), conhecida como 'vaca louca´, em Mato Gosso, no fim de maio.

A medida atendeu a um acordo assinado em 2015, entre os dois países. O protocolo prevê a suspensão quando houver algum risco após a detecção de alguma doença.

O comunicado sobre o fim do embargo da China foi feito pela Ministra Tereza Cristina, em um vídeo, publicado no site do Ministério da Agricultura, na manhã desta quinta-feira.

"Isso é um reconhecimento ao trabalho do Ministério da Agricultura, do Itamaraty, que trabalharam incessantemente e de maneira transparente, com governança, para que esse episódio pudesse ser encerrado o mais rapidamente possível", disse.

Ainda de acordo com o Ministério, no dia 3 de junho, a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) encerrou o pedido de informações complementares do Brasil sobre o caso, o que mostrou que não há risco sanitário. As exportações de carne bovina não foram interrompidas para outros países.

Por meio de um comunicado ao mercado e aos acionistas, a Minerva informou que suspendeu as férias dos funcionários, que estavam previstas para começar na segunda-feira (13) e durar até 30 de junho.

Na segunda-feira (10), a Minerva passou a informar os colaboradores da unidade em Barretos, única da empresa no Brasil a exportar carne para a Ásia, sobre a interrupção das atividades no período para serviços de manutenção. Por dia, são abatidas 840 cabeças de gado no frigorífico.

O Brasil tenta ampliar os embarques de carnes para a China, diante do surto de peste suína que vem reduzindo a oferta de proteína animal no país.

No começo de maio, uma comitiva brasileira, chefiada pela ministra Tereza Cristina visitou uma série de países asiáticos. Um dos principais objetivos da visita era a liberação de frigoríficos brasileiros para exportar para a China.

Segundo a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), a China é o principal mercado para carne do Brasil em faturamento e o segundo em volume (atrás somente de Hong Kong).

Em 2018, os embarques de carne bovina para a China somaram 322,4 mil toneladas e US$ 1,49 bilhão. Os números representam alta de 52,54% e 60,04%, respectivamente, em relação a 2017.

Nos primeiros quatro meses deste ano, as vendas para o mercado chinês representaram 17,8% do volume total de carne bovina embarcado, com 95,7 mil toneladas e um faturamento de US$ 442,4 milhões, de acordo com a associação.

 

Fonte: Assessoria Governo


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