Mobilização pelos direitos das mulheres no campo acontece até dia 15

Campanha #MulheresRurais tem como objetivo tratar de temas relacionados à mulher no campo

01/10/2019 às 18:01 atualizado por Rafaela Flôr* - SBA | Siga-nos no Google News
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O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) divulgou que a partir de hoje (1) até o dia 15 de outubro, inicia a Campanha #Mulheres Rurais, organizada pela Mulheres com Direitos para dar visibilidade à contribuição das trabalhadoras rurais para alcançar as metas de desenvolvimento sustentável da agenda 2030. 

A campanha lançará conteúdo com temas relacionados à atuação das mulheres rurais como produtoras de alimentos saudáveis, guardiãs da terra, líderes e empreendedoras. Neste ano, o tema central é "O futuro é junto com as mulheres rurais". A finalização da campanha acontecerá no dia 15 de outubro, data em que se comemora o Dia Internacional das Mulheres Rurais, mas com programações previstas em outras datas até o fim do ano.

Neste primeiro dia da campanha, é mostrado a necessidade de eliminar a desigualdade de oportunidades, pois as mulheres representam praticamente metade da população da América Latina e Caribe e produtoras de 60 a 80% dos alimentos consumidos na região, ao mesmo tempo em que, segundo o International Finance Corporation (IFC), US$287 milhões foram liberados como crédito para financiar pequenas e médias empresas formais. O dado indica que existe baixo acesso de mulheres a recursos produtivos como crédito, assistência técnica, entre outros.

A coordenação brasileira da Campanha #Mulheres Rurais, Mulheres com Direitos, constata que os altos níveis de desigualdade têm altos custos para a economia, com fortes impactos em termos políticos e sociais. Especialistas apontam que, no Brasil, a redução das desigualdades e maior inclusão das mulheres no mercado de trabalho trariam efeitos benéficos para a economia, com potencial para aumentar o PIB em até R$ 382 bilhões.
 
A FAO também projeta que a melhora no acesso das mulheres à terra, pecuária, educação, serviços financeiros, extensão, tecnologia e emprego rural, rende um aumento significativo da produtividade e produção agrícola, contribuindo para a segurança alimentar, crescimento econômico e bem-estar social.
 
A organização reforça ainda que a redução da desigualdade entre homens e mulheres no acesso aos recursos produtivos e insumos agrícolas poderia reduzir entre 100 milhões e 150 milhões o número de pessoas com fome no mundo.

Com informações Mapa.

*Texto com supervisão de Douglas Ferreira.
 


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