Governo de MS lança plano para uso de Manejo Integrado de Pragas

Plano é incentivo para utilização do MIP nas lavouras e visa garantir produção sustentável e de qualidade

11/09/2019 às 19:46 atualizado por Rafaela Flôr* - SBA | Siga-nos no Google News
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O governo de Mato Grosso do Sul lançou nesta quarta-feira (11), em parceria com a Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural (Agraer), Secretaria de Estado, de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia (Fundect) e Fundação MS, o programa que visa incentivar o produtor rural a usar o Manejo Integrado de Pragas (MIP) nas lavouras, com o objetivo de racionalizar defensivos químicos e manter a produção sustentável durante a safra com baixo custo.

O Superintendente de Produção e Agricultura Familiar, Rogério Beretta explica que o plano abrange as questões do agronegócio pela necessidade de racionar o uso de defensivos agrícolas químicos, e para isso, o uso do Manejo Integrado de Praga é eficiente e alternativa para quem prioriza o desenvolvimento da agropecuária sustentável. "O Plano Estadual do Manejo Integrado de Pragas é muito importante e vem atingir exatamente o ponto em que o governo do estado defende a sustentabilidade de todo o estado". 

Para o superintendente, a iniciativa do governo de MS é referência, principalmente pela desinformação acerca das práticas da agricultura. "A difusão do MIP, a discussão técnica em torno de tudo que envolve o MIP, beneficia o Mato Grosso do Sul e, consequentemente, todo o Brasil. E também beneficia de maneira positiva a imagem do Brasil nos principais mercados consumidores".

O engenheiro agrônomo e pesquisador da Fundação MS, instituição parceira do Plano, Fernando Grigolli realiza experimentos e estudos sobre o MIP e controle de pragas nas lavouras de soja e milho, produções predominantes no estado. Grigolli afirma que o uso do manejo é efetivo quando há a devida identificação da praga para reduzir o uso de defensivos químicos. "Quando a gente pega a soja convencional, muito utilizada para uso humano, como produção de papinha para bebês, eles fazem uma análise criteriosa de resíduo. Essa soja, se ultrapassar o índice permitido, elas são descartadas e devolvidas para o agricultor. É uma demanda latente da indústria analisar os resíduos dos grãos. E é fundamental que o agricultor entenda que aquela produção vai ser exportada para um parceiro comercial, então a gente precisa garantir que ela tenha a máxima qualidade possível".

 

*Texto com supervisão de Douglas Ferreira.


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