A indústria frigorífica deve acirrar a disputa por boi gordo nas próximas semanas. O cenário é positivo para o pecuarista, que pode vislumbrar um mercado de preços mais ajustados. A análise é da Agrifatto, que divulgou que as escalas de abate caíram para o menor patamar desde o início deste mês.
Segundo a consultora de mercados, na média dos estados levantados, as programações de abate estão em 6,8 dias. Em São Paulo e Mato Grosso do Sul, por exemplo, atendem a 8,7 e 6,6 dias, respectivamente.
O cenário poderia ser ainda mais positivo, se o consumo de carne bovina estivesse aquecido. De acordo com a Agrifatto, “a fragilidade do consumo doméstico continua como fator de atenção, pelo potencial de limitar o ritmo de compras das indústrias, ditando um ritmo mais cadenciado para a recuperação dos preços nas próximas semanas”.
Exportações
Segundo a empresa de consultoria, as exportações de carne bovina em julho caminham em ritmo favorável, dando suporte às cotações no mercado interno. “Nos 15 primeiros dias úteis de julho/19 foram embarcadas 88,57 mil toneladas, gerando uma receita de US$ 350,12 milhões.”
Na terceira semana, a média diária embarcada foi de 5,9 mil toneladas. Com os restantes oito dias úteis em julho (22 a 31), o Brasil poderá exportar mais de 135 mil toneladas em julho, se a média diária for mantida. Poderá ser um volume 22% maior do que o exportado em junho último, e 4% maior na comparação com julho do ano passado.