Peste Suína Africana pode afetar 200 milhões de animais na China

Doença pode afetar o equilíbrio de carnes no mercado mundial

22/04/2019 às 18:08 atualizado por Adriano Falleiros - SBA | Siga-nos no Google News
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Novo relatório do Rabobank, banco especializado na cadeia do agronegócio, estima que a produção chinesa de suínos sofrerá impacto de 25% a 35% em 2019 devido ao avanço da peste suína africana, que avança pela China e outros países da Asia. Nas regiões mais críticas, esse percentual poderá atingir 50%, o que poderá afetar o equilíbrio de carnes no mercado mundial.

O novo cenário representará grandes oportunidades para alguns países e enormes desafios para outros. A estimativa é que a doença já tenha afetado até 200 milhões de animais, o que representa perda superior a 30% do mercado chinês. O rebanho no final de 2018 era de 442 milhões de animais.

Segundo o Usda (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), nesse mesmo período, o total de suínos na Europa era de 149 milhões de cabeças; nos Estados Unidos, de 73 milhões. O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) estimou o abate de 2018 no Brasil em 44 milhões de animais. China, União Europeia, Estados Unidos e Brasil têm os maiores rebanhos.

Com déficit tão grande na carne suína, os chineses vão recorrer às outras proteínas, como carnes de aves, bovina, ovina e frutos do mar.

Foto: Divulgação

O resultado poderá ser uma redução de 10 milhões de toneladas na oferta de proteína animal no país, estima o Rabobank.

Esse volume deverá afetar não só os preços internos da China mas também os do mercado mundial.

Países que têm superávit desses produtos e portas abertas na Ásia terão grandes oportunidades. Um deles, segundo o banco, é o Brasil. Estados Unidos também são grandes fornecedores dessa proteína, mas as elevadas taxas impostas ao produto norte-americano, devido à guerra comercial entre os dois países, dificultam as exportações para o país asiático.

Com informações da Folha de SP

 

 


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