Peste Suína na China pode beneficiar Brasil

China deve dobrar a importação de carne suína em 2019

21/03/2019 às 11:58 atualizado por Fabiano Reis - Canal do Boi | Siga-nos no Google News
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Prezados telespectadores e internautas do Canal do Boi. As coisas podem mudar e positivamente para a carne suína brasileira. Há uma semana, o AgriculturaBR destacava as perspectivas publicadas no Outlook FIES 2028 para o complexo carnes. Situações positivas para os tipos bovino e suíno, principalmente. No caso dos suínos, um aumento do market share internacional (participação de mercado) para 9% em 2028.

Foto: Divulgação 

Nesta quinta-feira (21) mais um levantamento, desta vez internacional, corrobora com o levantamento da FIESP e pode representar uma situação positiva para carne suína e cadeias produtivas da soja e milho do Brasil. De acordo com o Rabobank, maior banco cooperativo agrícola do mundo, a China deve dobrar a importação de carne suína em 2019 e alcançar 2 milhões de toneladas. O motivo é a peste suína africana que atingiu os rebanhos chineses, trazendo o rifle sanitário, com redução de 20% dos suínos do país e reduzindo a importação de soja. Em tempo: metade da produção mundial de carne suína acontece na China, 54,75 milhões de toneladas e o consumo é de 56,11 milhões de toneladas. O abate sanitário e mortes derrubam a previsão de produção para 50,50 milhões de toneladas. 

Só para que o produtor rural brasileiro entenda: desde agosto foram contabilizados 113 surtos da peste suína em território chinês, em 28 departamentos/regiões, sem falar daqueles que nem entraram na conta. A doença, ainda bem, não atinge os seres humanos, mas tem uma alta taxa de mortalidade nos animais e não tem vacina ou cura.

Em resumo, com as ações do  Ministério da Agricultura do Brasil, em buscar ampliação dos embarques de carnes para mercados, principalmente a China, através da habilitação de novas plantas, o Brasil pode ser beneficiado. O fator direto, é na produção e exportação de carne suína em volume e preços mais altos. Indiretamente, as cadeias produtivas do milho e da soja também, uma vez que os animais serão engordados em território nacional.

As cadeias produtivas da carne bovina e de frango, em nossa avaliação também. A China deve optar por outras proteínas para conseguir suprir a forte queda na oferta de carne suína.


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