Durante o verão, a agricultura passou por problemas devido a nova onda de calor, a irregularidade das chuvas e o ataque das lagartas das pastagens. Mas, na pecuária existe um fator restritivo para os bovinos durante o ano, o outono. Essa época de transição que antecede a seca, exige uma atenção das propriedades rurais, pois as pastagens apresentam características distintas na passagem do período chuvoso e das secas.
De acordo com o coordenador da Assistência Técnica e Gerencial do Senar/MS (ATeG) em bovinocultura de corte, Fabiano Pessatti, é fácil observar a mudança gradativa nas pastagens, por causa da diminuição das chuvas e a aproximação do inverno. “A produtividade dos pastos diminui, as folhas começam a amarelar e a secar, em determinados casos, observa-se a presença de sementes nas pastagens”, explica.
Diante disso, a ATeG listou estratégias viáveis para estiagem que é recorrente nessa época do ano. Entre elas estão: o uso de suplementação mineral adequada para cada categoria de animal, a suplementação proteica e proteico energético, a terminação e a recria intensiva a pasto, o planejamento forrageiro como métodos de conservação de volumosos e até a opção dos serviços de engorda terceirizada em boitel. Estas são as mais recomendadas para manter a saúde econômica e a rentabilidade da propriedade de gado de corte nesse período desafiador para o produtor.
Além disso, tecnologias como o diferimento de pastagem, produção de silagem, feno e feno pré-secado podem ajudar a conter os problemas causados pela seca. “Por essa razão é necessário um planejamento forrageiro e nutricional adequado a realidade de cada propriedade, para evitar sofrimento com a redução da produtividade e o aumento no tempo de permanência dos animais na fazenda, fazendo com que o produtor gaste além do planejado”, finaliza Pessatti.
Fonte: Famasul