IPCA-15 de fevereiro têm alta de 0,78%

Alta do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 foi puxada pelos custos de educação

27/02/2024 às 11:06 atualizado por Redação - SBA | Siga-nos no Google News
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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), de fevereiro, divulgado hoje (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), registrou alta de 0,78%, puxado pelo peso sazonal dos custos com educação.

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, oito registraram alta em fevereiro. A exceção foi Vestuário, cujos preços recuaram 0,39% após a alta de 0,22% em janeiro. A maior variação (5,07%) e o maior impacto (0,30 p.p.) veio da Educação. Outros destaques foram os grupos Alimentação e bebidas (0,97% e 0,20 p.p.) e Saúde e cuidados pessoais (0,76% e 0,10 p.p.). As demais variações ficaram entre o 0,14% de Habitação e o 1,67% de Comunicação.

 

Tabela: IBGE

 

Em Educação (5,07%), a maior contribuição veio dos cursos regulares (6,13%), por conta dos reajustes habitualmente praticados no início do ano letivo. As maiores variações vieram do ensino médio (8,58%), do ensino fundamental (8,23%), da pré-escola (8,14%) e da creche (5,91%). Curso técnico (6,01%), Ensino superior (3,74%) e pós-graduação (2,81%) também registraram altas.

No grupo Alimentação e bebidas (0,97%), a alimentação no domicílio subiu 1,16% em fevereiro. Contribuíram para esse resultado as altas da cenoura (36,21%), da batata-inglesa (22,58%), do feijão-carioca (7,21%), do arroz (5,85%) e das frutas (2,24%).

A alimentação fora do domicílio (0,48%) acelerou em relação ao mês de janeiro (0,24%). Tanto a refeição (0,35%) quanto o lanche (0,79%) tiveram variações superiores às observadas no mês anterior (0,32% e 0,16%, respectivamente).

Em Saúde e cuidados pessoais (0,76%), o resultado foi influenciado pelo plano de saúde (0,77%), pelos produtos farmacêuticos (0,61%) e pelos itens de higiene pessoal (0,70%). Destacam-se as altas do produto para pele (1,67%) e do perfume (1,34%).

No grupo Habitação (0,14%), o resultado da taxa de água e esgoto (0,27%) foi influenciado pelo reajuste médio de 4,21% em Belo Horizonte (3,06%), a partir de 1º de janeiro. Em gás encanado (-0,90%), os seguintes reajustes tarifários foram incorporados: no Rio de Janeiro (-0,87%), reduções médias de 0,45% a partir de 1° de janeiro e de 1,30% a partir de 1º de fevereiro; em Curitiba (-4,81%), reduções de 6,82% a partir de 1º de janeiro e de 2,29% a partir de 1º de fevereiro.

No grupo Transportes (0,15%), houve queda na passagem aérea (-10,65% e -0,10 p.p.). Em relação aos combustíveis (0,77%), houve alta nos preços do gás veicular (3,83%), da gasolina (0,84%) e do etanol (0,32%), enquanto o óleo diesel (-0,32%) registrou queda. O subitem táxi apresentou alta de 0,98% devido aos seguintes reajustes: a partir de 1º de janeiro, de 4,21% no Rio de Janeiro (2,19%) e de 4,61% em Salvador (2,38%); e, a partir de 8 de fevereiro, de 8,31% em Belo Horizonte (2,15%).

Ainda em Transportes, a variação do ônibus urbano (2,14%) foi influenciada pelo reajuste médio de 16,67% em Belo Horizonte (6,71%), a partir de 29 de dezembro; e em São Paulo (7,34%), após aplicação de gratuidade nas tarifas aos domingos e em algumas datas comemorativas, a partir de 17 de dezembro. Ainda em São Paulo, houve reajuste de 13,64% nas tarifas de trem (6,84%) e metrô (6,84%) a partir de 1º de janeiro. Por conta dos reajustes mencionados, a integração transporte público subiu 6,90% nessa área. No Rio de Janeiro, houve redução de 4,05% nas tarifas de trem (-1,89%), a partir de 2 de fevereiro.

Em Comunicação (1,67%), o resultado foi influenciado pelas altas de tv por assinatura (4,02%) e do combo de telefonia, internet e tv por assinatura (3,29%).

Quanto aos índices regionais, todas as áreas tiveram alta em fevereiro. A maior variação foi registrada em Goiânia (1,07%), por conta das altas da gasolina (7,28%) e dos cursos regulares (4,56%). Já o menor resultado ocorreu em Porto Alegre (0,11%), que apresentou queda nos preços da passagem aérea (-16,59%) e da gasolina (-1,59%). 

Informações: IBGE


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