Problemas com estiagem fazem Imea reduzir previsão para a safra 2023/24 no Mato Grosso

Instituto reduziu em 1,44% a estimativa da soja e em 1,09% a do milho

06/02/2024 às 14:00 atualizado por Karine Pegoraro - SBA | Siga-nos no Google News
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Os problemas com a falta de chuvas e as altas temperaturas fizeram com que o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), reduzisse mais uma vez as expectativas para a safra 2023/24 no Mato Grosso. O avanço da colheita evidenciou ainda mais os danos já estimados para o maior produtor nacional de soja, que tem produção prevista em 38,44 milhões de toneladas, redução de 1,44% na comparação com janeiro.
A falta de chuva no período de desenvolvimento das lavouras de ciclo precoce influenciou no encurtamento do estádio da oleaginosa e prejudicou o potencial reprodutivo das plantas, como a queda de flores no período vegetativo e a baixa quantidade de vagens por planta, disse o Imea, em relatório. A produtividade projetada ficou em 52,81 sacas por hectare, o que pode mudar com a entrada das lavouras mais tardias, que ainda estão com a produtividade em aberto. A área plantada permanece em 12,13 milhões de hectares.

Milho
Já para o milho, a área plantada do safrinha no estado deve ser menor no ciclo 2023/24, uma redução de 1,11% na comparação com o relatório de janeiro, e uma queda de 7,31% na comparação com a safra 2022/23. O menor interesse no cultivo do grão é apontado pelo Imea como principal razão da redução, já que o preço ofertado pelo cereal não estaria cobrindo o custo de prodição em Mato Grosso. A semeadura está estimada em 6,94 milhões de hectares.
Em relação a produtividade, o Instituto aponta que como existem ainda muitos fatores em aberto, como o clima, a estimativa é realizada de acordo com a média dos últimos três anos, sendo esperada a colheita de 103,86 sacas por hectare, 11,08% a menos que na safra 2022/23. A estimativa é de que o estado colha 43,27 milhões de toneladas de milho.

Algodão
O algodão de Mato Grosso deve ter uma alta de 15,37% na safra 2023/24, se comparado com o ciclo anterior. Já na comparação com o relatório divulgado em janeiro, a alta foi de 0,86%. O incremento se deve principalmente a perspectiva de redução do custo de produção e a intenção de alguns produtores em reduzir a área de soja para plantio da segunda safra do algodão, apontou o Imea.
Já em relação à produtividade, o Instituto permanece estimando um rendimento médio de 284,34 arrobas por hectare, 8,61% menor que o observado na safra 2022/23, visto que na temporada passada foi registrada a maior produtividade da série histórica do Imea, em virtude do clima favorável.

Com informações do Imea


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