De acordo com o levantamento elaborado pela Royal Rural, a produção brasileira de soja deve ser bem menor do que aquela estimada pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento ). A equipe comandada por Ronaldo Fernandes, reduziu a expectativa geral de produção para 144,99 milhões de toneladas, quebra de 12,68% frente ao potencial estimado no início da campanha. A produtividade média nacional é de 53,29 sacas por hectare.
Em torno dos cinco principais produtores de soja do Brasil, acompanhe os números da Royal Rural relacionando potencial de safra e expectativa de colheita. Mato Grosso tem estimativa de colher 37,73 milhões de toneladas (-18%), com produtividade de 50,07 sacas por hectare (-8,41%). O Rio Grande do Sul pode tirar 20,12 milhões de toneladas dos campos (-14%), com produtividade de 50,15 sacas/ha (-3,27%). O Paraná deve totalizar 18,57 milhões de toneladas (-19%), com 52,52 sacas de média. Goiás deve tirar 15,87 milhões de toneladas dos campos (-17%), com 52,50 sacas/ha. Mato Grosso do Sul deve totalizar 13,23 milhões de toneladas (-9%), com produtividade de 54,75 sacas por hectare.
O quadro nacional de oferta e demanda da soja 2024, segundo a Royal Rural, deve contar com oferta total de 148,12 milhões de toneladas, considerando estoque inicial (3,02 mi/ton), somado a produção (144,99 mi/ton) e importação (100 mil toneladas). Já a demanda deve ser formada por 60,26 milhões de toneladas no consumo interno e exportações de 85 milhões de toneladas, bem abaixo das 102 mi/ton embarcadas no último ano. Com isso, o estoque final deve ficar em 2,86 milhões de toneladas.
Nos demais itens do complexo soja, a produção de óleo de soja é estimada em 11,34 milhões de toneladas, sendo 8,64 mi/ton para biodiesel e 2,70 mi/ton para exportação. A produção nacional de farelo é estimada pela empresa privada em 43,69 milhões de toneladas, com 21,69 mi/ton em atendimento ao mercado doméstico e 22 mi/ton para exportação.