CNA leva painel para a COP 28 no dia do agro

Foco era debater a geopolítica da segurança alimentar

12/12/2023 às 13:15 atualizado por Nanda Martins* - SBA | Siga-nos no Google News
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Encerrando o Dia do Agro, a CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil) realizou na COP 28 (A Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas), um painel para debater a geopolítica da segurança alimentar com a presença do cientista paquistanês Rattan Lal, vencedor do Prêmio Nobel da Paz em 2007 e do Prêmio Mundial da Alimentação 2020.

O debate foi moderado pelo presidente da Comissão Nacional de Meio Ambiente e chefe da delegação da CNA na COP, Muni Lourenço, e teve a participação do embaixador Roberto Azevedo, ex diretor-geral da OMC (Organização Mundial do Comércio) e presidente da Iniciativa Internacional para o Agronegócio Brasileiro.

Muni destacou o papel do Brasil na conciliação da produção de alimentos e na preservação do meio ambiente. “O Brasil tem sido um exemplo notável de país em desenvolvimento que tem uma agricultura tropical de baixo carbono, produzindo e tendo liderança na segurança alimentar e no enfrentamento das mudanças climáticas” disse ele. 

No painel, o embaixador Azevedo falou sobre o tema “Ações ambientais como barreiras ao comércio internacional”. De acordo com ele, este é um desafio que exige negociações complexas e o setor do agro precisa buscar aliados para mostrar seu compromisso com a sustentabilidade.

Já o cientista Rattan Lan destacou o papel brasileiro na questão da agricultura sustentável no mundo. Ele avaliou que o país é um dos que tem maior potencial para sequestro de carbono e que pode produzir melhor, ou seja, mais no mesmo espaço. Segundo ele, o exemplo da pesquisa, que fez o Cerrado passar de uma área imprópria para a produção para se tornar umas das principais regiões produtoras do país, é um exemplo do potencial brasileiro.

Lal ressaltou, também, que o Brasil pode aprimorar ainda mais sua produtividade de alimentos e energia de maneira sustentável com tecnologias como agricultura de precisão e irrigação, preservando o solo e melhorando a infraestrutura.

Por último, o vencedor do Prêmio Nobel da Paz e Prêmio Mundial da Alimentação afirmou que a segurança alimentar, a segurança energética e a segurança climática têm relação direta com a paz mundial. “A comida é um direito humano básico, mas ainda não há comida suficiente para toda as pessoas, porque temos quase um bilhão de pessoas no mundo com fome. E enquanto não houver comida para todos, não teremos paz”.

Com informações e fotografia do CNA


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