Sistema desenvolvido no Acre aumenta em 30% a produção da pecuária

Modelo de produção utiliza estratégias para obter pastagens com alta produtividade de forragem e longa duração

22/06/2023 às 10:25 atualizado por Nanda Martins* - SBA | Siga-nos no Google News
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O Sistema Guaxupé desenvolvido pela Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) em parceria com criadores do Acre, permite intensificar a atividade pecuária com menor investimento econômico e sustentabilidade. Pesquisas confirmam o aumento de 30% na produtividade de carne e de bezerros por hectare, além da redução nas emissões de gases de efeito estufa na atividade.

Composto por tecnologias de baixo impacto, esse modelo de produção orienta estratégias para a obtenção de pastagens com alta produtividade de forragem e de longa duração, que elevam a rentabilidade de sistemas pecuários a pasto.

O sistema é indicado para solos sem aptidão para a agricultura, devido à baixa capacidade de drenagem, pois utiliza tecnologias e práticas gerenciais sustentáveis para a produção pecuária intensiva a pasto. As condições ambientais levadas em consideração para o sucesso do sistema são as específicas do Acre. O modelo se baseia no uso de diferentes forrageiras para diversificar e manter as pastagens produtivas. 

Segundo o pesquisador Carlos Mauricio de Andrade, coordenador dos estudos, todos os conceitos e tecnologias do sistema orientam a formação de pastagens permanentes de alta performance produtiva, que resultam em melhor capacidade de suporte e maior ganho de peso dos animais, com baixo investimento em insumos, como rações e adubos. 

A capacidade gerencial de cada produtor é determinante no processo de adoção das tecnologias. Quando bem implantado, ao mesmo tempo em que melhora a produtividade e rentabilidade na atividade pecuária, o sistema assegura serviços ecossistêmicos fornecidos pelas pastagens consorciadas com leguminosas, como ciclagem de nutrientes e sequestro de carbono. 

Produção de baixo carbono

O Sistema Guaxupé promete a redução das emissões de gases de efeito estufa proporcionada pela consorciação de pastagem com o amendoim forrageiro. Ao disponibilizar nitrogênio para o solo, a planta reduz o uso de adubação química nas pastagens e contribui para minimizar as emissões de carbono na produção industrial.

As pesquisas conduzidas pela Embrapa, comprovam que a leguminosa também ajuda a diminuir as emissões de metano, na medida em que acelera o ganho de peso do rebanho. 

Com informações de Embrapa 

*Com supervisão de

Fotos: Carlos Maurício Soares de Andrade


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