Produção de carne bovina no Brasil deve ser maior em 2023

Previsão do USDA é de que as exportações vão aumentar cerca de 2,13%

03/05/2023 às 14:24 atualizado por Nanda Martins* - SBA | Siga-nos no Google News
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A produção de carne bovina brasileira pode aumentar 2,13% em relação a 2022, segundo a previsão do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). O crescimento registrado é devido a intensificação no envio de fêmeas para o abate.

As exportações de carne também devem registrar maiores números, cerca de 3,93% em comparação ao ano passado, com 3,01 milhões de toneladas enviadas ao exterior. Além disso, alguns fatores externos podem favorecer as exportações brasileiras, como a demanda interna chinesa, uma vez que é previsto o incremento de 3,07% no consumo interno do país em 2023 comparado a 2022.

O preço do boi gordo no Mato Grosso apresentou ajuste negativo de 1,72% e fechou na média de R$ 242,50 por arroba, índice apontado na última semana de abril pelo IMEA (Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária). No cenário de queda, a vaca gorda apresentou desvalorização de 1,42%, devido ao grande volume de matrizes descartadas e a arroba foi cotada na média de R$ 220,11 no estado.

A reflexo do aumento na oferta de animais nas plantas frigoríficas, a escala de abates recuou 0,03% em comparação a última semana, índice estabelecida em 8,53 dias.

Comércio Exterior 

A redução no volume de carne produzida pelos Estados Unidos (-5,38% no comparativo anual) também pode favorecer o mercado brasileiro frente aos demais players exportadores. Por outro lado, a expectativa de aumento de 8,71% na produção da proteína bovina da Austrália pode competir diretamente com o Brasil, visto que o país é um importante fornecedor de carne para a China.

Relação de troca 

A queda nos preços do milho no Mato Grosso torna o poder de troca do pecuarista mais confortável. Já o boi gordo com boas condições de pastagens e recuperação da volatilidade de preços observada no 1° trimestre do ano, foi cotado a R$ 246,05 por arroba relativo ao mesmo período e registrou ajuste positivo de 2,24%.

Esse cenário favoreceu a relação de troca entre o boi gordo e o milho, que esteve em 4,68 saca por arrobano último mês, totalizando o maior valor para abril desde 2020. Esse valor está 8,62% maior que a média dos últimos três anos.

 

Com dados de: IMEA

*Com supervisão de Thiago Gonçalves, jornalista

Foto: Divulgação Abiec 


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